10 MITOS DO ÓLEO DE MOTOR

Imagem de Óleo de motor

Todos sabemos que os nossos carros precisam de óleo no motor para poderem funcionar sem problemas. O papel do óleo de motor é manter as partes móveis do motor lubrificadas, protegê-las contra a corrosão por ferrugem, e com aditivos, mantê-las livres de sujidade e de impurezas no motor.

Mas a maioria de nós também sabe algumas coisas sobre óleo de motor que não são realmente verdadeiras. Por exemplo, óleo escuro é óleo velho? Viscosidade indica sujidade? Misturar tipos de óleos estraga o motor do carro? Tem mesmo que trocar o filtro de óleo a cada mudança?

Não exatamente. Estas ideias são mitos e vamos  desmistificar algumas, juntamente com outros “fatos” que por acaso não são verdadeiros. Um pouco de conhecimento não é necessariamente uma coisa perigosa, mas um pouco de conhecimento que não seja verdadeiro pode muito possivelmente arruinar o seu motor, ou pelo menos custar-lhe muitas despesas desnecessárias.

 1. O “W” no óleo 10W-30 significa “peso”.

Mito: Quando se compra óleo de motor, é importante conhecer a viscosidade do óleo, uma propriedade que corresponde à sua espessura. Quanto menos viscoso for o óleo, mais suavemente se move através do motor e lubrifica as peças móveis. Os melhores óleos de motor têm uma viscosidade que não é nem tão espessa que não circule ou tão  líquida que escorra pelo seu motor como a água. Existem duas formas de medir a viscosidade do óleo: de grau único e de grau múltiplo. O SAE 30 é uma classificação típica de grau único. Isto significa que uma organização chamada Society of Automotive Engineers (SAE) fez correr o óleo através de um dispositivo padronizado em forma de tubo e cronometrou quanto tempo levou, em segundos, a fluir de uma extremidade para a outra. A classificação de viscosidade é o número de segundos arredondado para o múltiplo mais próximo de dez. Assim, o óleo SAE 30 demora aproximadamente 30 segundos a fluir através do tubo. Este grau de viscosidade único é por vezes chamado de “peso” do óleo.

Muitos já devem ter visto que todos os óleos lubrificantes possuem uns números, junto à letra, formando uma sigla, como “10w40, 15w30, 5w40”. Cada veículo necessita de uma viscosidade de óleo específica, de acordo com o tipo de motor, uso, quilometragem e temperatura ambiente. A letra “W” representa a palavra “Winter”, que significa inverno em inglês. Sendo assim, o primeiro número indica a viscosidade do óleo em baixas temperaturas, quando o motor ainda está em repouso. Já o segundo número aponta a viscosidade do óleo a 100 graus C°, quando o veículo já está em movimento. A viscosidade do óleo ideal para o  seu veículo está no manual da viatura. E é isso que o “W” significa: “winter” (inverno).

 2. Quando o óleo de motor fica escuro, está sujo e deve ser mudado.

Se tiver a consciência de manter o seu carro em bom estado de funcionamento, provavelmente preocupa-se de tempos em  tempos verificar como está o óleo da sua viatura.  Por isso, puxa a vareta e verifica na ponta a quantidade e a cor do óleo. É provável que comece a escurecer, já não é a cor âmbar clara que viu na vareta quando o seu óleo estava novo. Então, agora está demasiado sujo para ser usado? Está a depositar lodo no seu motor e precisa de ser mudado?

Mito. A cor de cada tipo e marca de óleo tem a ver com a tecnologia utilizada. Óleo sintético é sempre mais claro, a sua base é transparente como água, são os aditivos que mudam sua cor. Já o óleo mineral apresenta grandes variações de cor, pois essa característica pode mudar de acordo com o petróleo de onde ele é extraído. Além disso, há opiniões que divergem. Uns a acreditar que o óleo claro é melhor, enquanto outros acreditam que o produto, quando mais escuro, possui mais aditivos e, portanto, será melhor. Na Autoparts Logistic destacamos que o único fato real é que, independentemente da sua cor, o óleo tem a função de limpar o motor e logo após iniciar o seu uso ele vai naturalmente começar a escurecer dentro do motor o que é totalmente normal e esperado.   Use o intervalo de troca de óleo recomendado pelo fabricante do seu carro para decidir quando mudar o óleo, e não pela cor do óleo na vareta.

3. Óleo grosso é sinal de óleo velho?

MITO. Assim como a cor, a espessura visual ou tátil do óleo não é um indicador de qualidade. Mais que isso: tecnicamente, é impossível se medir a viscosidade do produto esfregando-o nos dedos, especialmente em temperatura ambiente. Isso só pode ser feito em laboratório, com um equipamento chamado viscosímetro, e simulando as condições dentro motor, já que o produto é desenvolvido para alcançar a viscosidade certa na temperatura do carro em funcionamento. Os diversos tipos de óleo sofrem variações desta propriedade entre si e a especificação certa é aquela indicada no manual do veículo. O CEO da Maxon Oil alerta que é comum motoristas utilizarem um óleo mais viscoso do que o indicado para tentar minimizar falhas no veículo, como vazamentos ou queima, mas ao invés de ajudar, esta ação pode agravar problemas mecânicos.

4. Deve trocar o seu óleo a cada 5.000 quilómetros, não importa o que o manual diz.

Antigamente, quase todos os fabricantes de automóveis recomendavam que o óleo do seu motor fosse mudado a cada 5.000 quilómetros aproximadamente. Se o óleo passasse esse intervalo, o motor começaria a encher-se de lama, o que não só degradaria o desempenho como deixaria as peças móveis em risco de serem danificadas.

Isso já não é verdade. Os óleos de hoje, coma melhoria da viscosidade do óleo e a engenharia automóvel em geral permitem agora que os automóveis percorram cerca de  20.000 a 40.000 quilómetros entre mudanças de óleo. No entanto, ainda se ouvirá muitas vezes o número de 5.000 quilómetros citado amplamente por aí Especialistas desmascararam este mito, afirmando que a menos que conduza o seu carro em condições invulgarmente difíceis, e especialmente se o conduzir sempre no tráfego intenso, percorrer os km’s indicados pelo fabricante da sua viatura, não deverá danificar o seu motor de forma alguma. De qualquer forma, a AutoParts Logistic sugere que verifique regularmente o estado do óleo de motor da sua viatura. Verifique a nossa gama de óleos.

5. É bom fazer lavagem do motor com frequência?

MITO. A lavagem do motor não é um procedimento de rotina. Só é necessária em situações bastante raras e com certa gravidade como desrespeitar em muito o prazo de troca do óleo ou o veículo alcançar uma quilometragem muito alta. O lubrificante já tem como função limpar o motor, então a lavagem não é necessária. Reis explica que o produto traz na composição aditivos detergente e dispersante, insumos que servem para limpar o motor e ao mesmo tempo manter a sujidade solta (não a deixando agarrar-se às peças), por isso ela é eliminada na troca de óleo. Se o filtro sair com muita sujidade, é porque o lubrificante cumpriu bem seu papel e está tudo bem. Fazer a lavagem do motor com frequência não traz danos, mas é um investimento desnecessário.

6.  Os aditivos de óleo do motor irão melhorar o desempenho do seu motor.

Isto é verdade, exceto que estes “aditivos” já foram adicionados antes de comprar o óleo. Qualquer marca respeitável de óleo de motor virá com aditivos que melhoram o seu índice de viscosidade, a gama de temperaturas sob as quais flui corretamente através do motor — e que lhe conferem propriedades  de limpeza que mantêm o seu motor livre de  impurezas. A maioria incluirá também retardadores de ferrugem para prevenir a corrosão e químicos para proteger superfícies metálicas.

Com todos estes aditivos já no óleo, colocar mais pode de facto diluir o que já lá está e diminuir a eficácia do óleo. Verifique o manual do seu carro para ver se tem alguma necessidade especial de aditivos, mas isto é improvável, exceto em alguns dos motores de alto desempenho mais exclusivos.

7.  É sempre preciso trocar o filtro de óleo?

VERDADE. O filtro de óleo é uma peça essencial para o processo de limpeza do motor. O óleo limpa e o filtro retém essa sujidade. O lubrificante, se usado corretamente, nunca vai danificar o motor de um veículo. Já a falta dele, sim. E não trocar o filtro, ou escolher filtros de baixa qualidade, podem fazer com que o óleo não circule como deveria e causar sérios danos. Para além disso, estamos a falar de um produto relativamente barato que não encarece substancialmente o serviço durante a revisão do motor, então não há motivos para não o trocar sempre que renovar o óleo.

8. Óleo sintético é melhor que óleo mineral?

MITO. São dois tipos diferentes de óleos lubrificantes e não se classificam entre melhor e pior. São produtos com características distintas e o melhor é aquele indicado no manual de cada veículo. Por exemplo: é sabido que o óleo mineral se desgasta mais rápido que o óleo sintético, porém, justamente por isso que veículos cujos fabricantes recomendam esse tipo de lubrificante já vêm com a recomendação de um intervalo de troca menor. As principais diferenças entre eles são: que o óleo mineral é refinado do petróleo e se desgasta mais rápido e geralmente tem um custa menor para o consumidor; já o sintético é feito a partir de bases sintéticas, tem maior durabilidade e pode sair um pouco mais caro.

9. Os óleos sintéticos de motor podem causar fugas de óleo.

Nos anos 70, quando os óleos sintéticos de motor (os baseados não em petróleo, mas em stocks de base química) se tornaram populares, nem sempre funcionavam bem com os vedantes e juntas do motor do carro. Podiam fazer com que os vedantes encolhessem das formas, que os óleos à base de petróleo não faziam, resultando nessas fugas de óleo constantes que misteriosamente apareciam no lugar de estacionamento do seu carro. Algumas pessoas ainda receiam que o óleo sintético provoque fugas e, por isso, continuam a utilizar óleos à base de petróleo.

Estes receios são, em grande parte, infundados. Os fabricantes de petróleo aprenderam há muito tempo a reformular o óleo sintético para que não ocorra a retração do  vedante. Ainda assim, há uma forma de o óleo sintético poder causar uma fuga, pelo menos quando o utiliza num carro mais antigo que está a funcionar há anos com um óleo à base de petróleo. O óleo sintético pode limpar a lama de óleo dos vedantes que, na realidade, podem estar a bloquear pequenas fissuras nos vedantes, revelando fugas que sempre existiram. Isto provavelmente não será um problema nos carros mais recentes, mas se ainda estiver a conduzir um carro com mais de, digamos, 20 anos de idade, poderá não querer tomar uma decisão súbita de mudar para um óleo sintético.

10. Misturar óleo sintético e mineral estraga o motor?

MITO. Caso tenha feito uso de um tipo de óleo por engano, por exemplo, e precise mudar para o outro, seja do mineral para o sintético ou vice-versa, isso não vai gerar nenhum problema para o motor do carro. Essa ideia tem origem no antigo mercado de lubrificantes, quando a tecnologia não estava tão desenvolvida e a mistura de óleos podia promover o encontro de substâncias incompatíveis, que juntas poderiam danificar o veículo. Porém, a tecnologia avançou e alguns aditivos foram abolidos desta indústria por poder causar mais problemas do que soluções. Hoje, as melhores marcas do mercado usam tecnologias com boa compatibilidade e o encontro de lubrificantes sintéticos e minerais dentro do veículo é praticamente inofensivo, existindo inclusive óleos semissintéticos que usam proporções variáveis dos dois tipos de base, aproveitando as melhores características de cada um deles e otimizando custos. Mas existe uma verdade por trás deste mito, pois sempre o lubrificante de qualidade inferior, vai anular os benefícios do lubrificante de qualidade superior, por isso caso seja necessário utilizar um produto com qualidade superior ou inferior ao já utilizado, sempre se deve fazer a troca total do lubrificante, já quando for necessário apenas completar o óleo do cárter, deve-se sempre utilizar um produto com a mesma especificação utilizada na troca, evitando que a vida útil do lubrificante seja comprometida.

Na AutoParts Logistic, lembramos que o lubrificante ideal para o veículo é aquele que é especificado pelo fabricante do mesmo.